Operação Everest
O esquema envolvia redes transnacionais que traziam migrantes ao Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos para, então, seguirem às cidades fronteiriças no Norte do País, como Assis Brasil e Guajará-Mirim, por rotas para acessar Bolívia e Peru. De lá, os migrantes atravessavam a América Central até a fronteira com os Estados Unidos.
Os envolvidos gerenciavam pagamentos, documentos falsos e transporte ao longo da rota para facilitar a travessia dos migrantes. A operação inclui suporte financeiro e logístico de agentes de viagem, taxistas, hoteleiros e coiotes. Também foram detectadas fraudes em pedidos de refúgio para estadia temporária no Brasil, especialmente entre migrantes sul-asiáticos.
A investigação começou em 2023 com prisões em flagrante de coiotes na fronteira com a Bolívia. Em 2024, seis pessoas foram detidas e 22 migrantes do Nepal e da Índia foram resgatados em Guajará-Mirim, cidade que fronteira com a Bolívia. Os investigados supostamente cometeram o crime de contrabando de migrantes (promoção de migração ilegal) e de associação criminosa.
Font: gov.br